Com o encerramento do Flitabira no último domingo, 5/11, autores e autoras participantes se uniram para expressar seus agradecimentos pela oportunidade de compartilhar suas histórias e vivências na primeira edição do Festival Literário Internacional do município. Em meio às palavras tecidas inspiradas pela literatura e o calor (meteorológico e literário), o Flitabira se encerrou com um sentimento onipresente de gratidão. A cidade mineira se tornou um ponto de encontro, onde as palavras ganharam vida em meio aos moradores e visitantes.
Confira abaixo alguns feedbacks que o Festival recebeu dos autores e autoras participantes do Flitabira:
Ailton Krenak: Invocar a presença de Drummond, em sua cidade com FliTabira antecipou o natal em festas. Parabéns a todos que fizeram a magia acontecer!
Alexandre Amaro: Alegria resume. Agradeço ao Afonso Borges a oportunidade de ouvir tanta gente fantástica. Cheguei em BH com tantos saberes e emoções reverberando dentro de mim.
Andréa Pachá: É restaurador estar com vocês e perceber que não há angústia que se sobreponha à amorosidade de quem deseja viver em um país e em um mundo menos injusto e mais luminoso. Foram dias incríveis. Seguimos juntos.
Eliana Alves Cruz: Obrigada, queridos e queridas por terem embarcado nesta gira de amor. Inté a próxima!
Estevão Ribeiro: Vi muita gente pela primeira vez e já me são muito meus e minhas. E um agradecimento especial ao Afonso Borges, obrigado mesmo pelo convite. Descobrir Itabira de uma forma tão linda e poética foi demais.
Fabrício Conde: Dizem que existem encontros nos quais a concentração de energia é tão forte que um círculo de luz é gerado. Meus velhos dizem que este círculo de luz é um berçário de espíritos. É dele que nascerão as árvores que darão sombras, os pássaros que voarão altos, as mulheres que cantarão nas beiras de rios. Amanhã, de manhãzinha, quando amanhecer 100 anos, a luz desse encontro ainda estará acesa.
Kakay: A semana passada participei de 3 eventos na área do Direito. Fiz uma palestra na USP , com debate entre vários companheiros de estrada na luta contra os abusos da lavajato, tive um seminário em minha homenagem , também em SP no sábado e domingo, com muitos advogados jovens com discussões sobre direito e democracia e participei de um debate na UFMG. Foi ótimo. Debates que fazem bem ao estado democrático de direito. Mas é impressionante como nada se compara ao que vivemos em Itabira. Eu me senti acarinhado o tempo todo e , até me permiti não falar da guerra e do assassinato cruel e covarde de crianças e, porque não, de um povo. Foi como se fizemos um corte no tempo e nos projetássemos para uma realidade amorosa. Sob o comando gentil do Afonso que como maestro reuniu uma equipe incrivelmente competente e generosa. E sob o manto invisível ,que nos protege, da incomparável CONCEIÇÃO. Foi uma fuga boa deste mundo bruto . Embalados por muita literatura, poesia , música mas sobretudo afeto. Leão de Formosa falava: “‘aperfeiçoa/te na arte de escutar, só quem ouviu o rio pode ouvir o mar.” Deu para ouvir o mar entre as montanhas cortadas de Itabira. Obrigado a todos por me aceitarem neste grupo tão especial.
Jeferson Tenório: Afonso Borges e Sérgio Abranches fizeram do Flitabira uma referência de como se faz um festival de literatura com cidadania, afeto e arte. Momentos que ficarão para sempre nas nossas memórias.
João Carrascoza: O primeiro verso de “Resíduo”, um dos mais belos poemas de Drummond, diz: “de tudo fico um pouco”. Digo que dessa aventura sublime, o Flitabira, ficou tudo em meu coração. Tudo. Imensidão! Foi um momento histórico!
Lívia Sant’Anna Vaz: Não dá para traduzir em palavras o que foi o Flitabira. Vou guardar no coração para sempre! Já estou com saudade!
Márcia Tiburi: Amadíssimo Afonso, gratidão e amor a você, ao Sérgio, a todo mundo. Foi intenso demais e lindo demais, agradeço por tudo o que vi e ouvi, agradeço por cada segundo desses dias lindos, por acaba abraço.
Maria Edina Portinari: Foi muito emocionante, sem palavras. Parabéns para o meu amado primo Afonso Borges e toda sua equipe amorosa e maravilhosa. Parabéns para Sérgio Abranches, curadoria impecável! Parabéns a todos os autores e convidados que se doaram tanto. Me senti privilegiada por ter podido participar deste rio de amor, conhecimento e transformação. Parabéns muito especial para nossa linda Conceição Evaristo, que tanto nos ensina sobre sonhos, resiliência e luta. Pedro Drummond minha admiração. Você e João Portinari são dignos de seus nomes e seus legados. A todos e todas, minha admiração e respeito.
Pedro Drummond: Olá, Todomundo! Creio que nunca uma festa tão bonita como esta passou por mim: tanto deslumbramento, tanta claridade e ensinamentos juntos! Parabéns! E muito obrigado por espalhar alegria de viver com tanta razão e eloquência. Quanta eloquência junta!
Raquel Cané: Muchas gracias a todas y todos por lo compartido. No soy la misma persona que llegó aquí hace pocos días, mi corazón se agita y canta de otro modo. Así como el agua, decantaré en mi orilla tanto amor, y algo regresará a Itabira siempre como eco, como abrazo.
Rejane Dias: Parabéns Afonso, Sérgio e todos que realizaram esse Festival; conheço bem como funciona essa cidade, encontrei amigos de longa data – alguns viajaram pro Festival – e só ouvi elogios. A adesão à edição deste ano foi muito além das expectativas dos próprios itabiranos.
Ricardo Prado: Tomara estejamos logo juntos outra vez. Cheguei a Itabira correndo para a minha primeira mesa, quase emendei a mediação de uma outra, sentei para almoçar uma sonhada comidinha mineira quando alguns já chegavam para jantar. Então reencontrei gente querida, conheci tantas outras, e a emoção, a alegria e o humor voavam pela grande sala colonial. E aí, quando tudo parecia perfeito, chegaram os violeiros. No canto esquerdo da sala ao lado, uma perna magra e longa lançada sobre a outra, Drummond sorria satisfeito. Só mesmo o Sérgio e o Afonso para fazerem tudo isso.
Ricardo Ramos Filho: Aqui no aeroporto, quietinho num canto esperando o avião, recupero o tempo em Itabira. Cada lágrima emocionada derramada me faz ver o quanto foi belo, humano, lindo tudo o que passamos. A memória ficará, ficou, está ficando. Muitos beijos, por aqui meio abestalhado, tentando encontrar um lugar para apoiar os pés. Um pouco ainda nas nuvens. Nós escritores prezamos a solidão. Afinal no silêncio pensamos, procuramos as palavras, criamos. E então o Afonso Borges, o Sérgio Abranches, sábios manipuladores do carinho coletivo, nos juntam, vez em quando, em festivais literários. Nos vemos, de repente, convivendo com outros solitários, abandonamos os cantos forrados de livros onde costumamos ficar encorujados trabalhando. Aí somos tomados por uma euforia enorme. Ao nosso lado encontramos gente muito parecida conosco. Podemos rir, principalmente falar. Mergulhamos nesse amor enorme, quase estranho, completamente enturmados. Assim retorno de Itabira, Flitabira: alumiado. Conversando com João Cândido Portinari e Pedro Drummond, em mesa sobre a memória, baseada no poema do poeta filho do lugar, falamos sobre os velhos artistas. Encontravam-se diariamente em livrarias, almoçavam juntos aos finais de semana, estavam invariavelmente próximos. Frequentavam-se. Talvez soubessem da necessidade desse convívio que as redes sociais de hoje não suprem. Nos enganamos ao considerar possível. Amor é contato, é olho no olho, é presença. Voltando para casa, aguardo ansiosamente o próximo encontro. Ainda com os pés nas nuvens, buscando o chão. O Flitabira me deu muita coisa, principalmente lágrimas de emoção, embora também boas risadas. Eu, macho branco em extinção. Chorei com as palavras de Jeferson Tenório, com o professor Maxsandro Soares e seus três alunos laureados, com a menina, primeiro lugar de redação, ouvindo seu texto ser lido pela Eliana Alves Cruz, com os cantos de Lívia Sant’Anna Vaz, com Kakay e a música do Chico, a dança na entrega do Prêmio Juca Pato ao som de violas, o fuxico da quilombola, e com as mãos pretas de Conceição Evaristo segurando o troféu. Jamais esquecerei as palavras de agradecimento ditas pela escritora, cada uma delas. Tanta poesia… Vou precisar de bis. Porque “as coisas findas, muito mais que lindas, essas ficarão”.
Rosa Freire D’Aguiar: Que privilégio ter participado do Flitabira! Um imenso obrigada.
Sérgio Abranches: Gente querida. Muito obrigado por tudo. Fizeram um festival lindo e inesquecível. @Afonso Borges Borges já consolidou seus festivais diferenciados pela pluraridade, pelo conteúdo e pela con-vivência. O Fli é sempre uma soma positiva = autores e autoras + equipe + afeto.
Simone Paulino: Eu participo de muitos festivais literários, dentro e fora do Brasil, e posso garantir uma coisa. Há algo de muito particular nestes 3 festivais realizados por Afonso Borges. Não digo isso para massagear egos. Digo porque acho que devemos prestar atenção ao que está sendo feito. Penso que talvez estejamos participando de algo cuja importância histórica nem suspeitamos. De início, achava estranho, por exemplo, que os convidados “se repetissem” com apenas alguns muitos acréscimos de participantes. Hoje acho que isso é uma das forças dos Flis: o fato de nos reencontrarmos de tempos em tempos e podermos afinar nossas escutas e falas, me parece estar produzindo um aprofundamento dos pensamentos e ações criativas individuais e coletivas. Talvez essa minha percepção tenha um pouco daquilo que é um fetiche meu: a ideia de grupos de intelectuais que juntos fizeram pequenas e grandes revoluções na cultura justamente pelas trocas frutíferas que faziam entre si, algo que hoje está muito difícil justamente porque estamos todos pulverizados demais, separados demais e cooptados pela ilusão de proximidade que as redes dão, mas que jamais substituirá o contato via presença física. Então, agradeço por fazer parte desse corpo de pessoas e mentes e corações. E penso que devemos valorizar isso como algo precioso que precisa ser preservado e alargado tanto quanto possível. Itabira já é um retrato na parede da minha memória. E como é bela.
Taiane Santi Martins: Que festa linda foi o Flitabira, sigo emocionada com o tanto de boniteza que compartilhamos nesses dias.
Trudruá Dorrico: Morî wei! Afonso Borges e Sérgio Abranches, muitíssimo obrigada pelo convite e a confiança para estar no Flitabira ao lado da minha parenta Márcia Kambeba. Como sempre, vocês tornam a experiência muito alto nível: da equipe de logística à mediação, é sempre tudo muito atencioso e generoso! Isso sem dúvida faz com que a gente fique mais próximo, uns dos outros, da cidade, de nós mesmos, porque é isso que a arte e a literatura tem o poder de fazer.
Wagner Schwartz: Vivi 2 dias com a sensação de 20 anos no Flitabira. Fui programado entre autores confirmados, ou, melhor, entre amizades confirmadas. Em alguns momentos, observei os encontros de longe, em outros, compartilhei experiências sobre este espaço vital chamado literatura, escrita comum. Hoje, sou outros — desejante dos abraços desta nova comunidade. Foi bom discutir temas que nos afligem do lado de fora desse encontro em Itabira. Ali, afetivamente, não precisávamos deles, passeava entre nós a alegria rigorosa. Espero pelo reencontro.
SOBRE O FLITABIRA
Criado pelo jornalista Afonso Borges – que é também o idealizador do Festival Literário de Araxá (Fliaraxá) e do Sempre um Papo –, o Flitabira realizará sua terceira edição entre os dias 31 outubro e 5 de novembro de 2023, celebrando 121 anos de nascimento do poeta Carlos Drummond de Andrade. As atividades acontecem tanto de forma presencial, na Praça do Centenário, quanto on-line, pelo canal no YouTube do Festival.
O Flitabira tem patrocínio do Instituto Cultural Vale, via Lei de Incentivo à Cultura, a Lei Rouanet, do Ministério da Cultura, com o apoio da Prefeitura de Itabira e União Brasileira de Escritores – UBE.
INSTITUTO CULTURAL VALE
O Instituto Cultural Vale parte do princípio de que viver a cultura possibilita às pessoas ampliarem sua visão de mundo e criarem novas perspectivas de futuro. Tem um importante papel na transformação social e busca democratizar o acesso, fomentar a arte, a cultura, o conhecimento e a difusão de diversas expressões artísticas do nosso país, ao mesmo tempo em que contribui para o fortalecimento da economia criativa. Nos anos 2020-2022, o Instituto Cultural Vale patrocinou mais de 600 projetos em mais de 24 estados e no Distrito Federal. Dentre eles, uma rede de espaços culturais próprios, patrocinados via Lei Federal de Incentivo à Cultura, com visitação gratuita, identidade e vocação únicas: Memorial Minas Gerais Vale (MG), Museu Vale (ES), Centro Cultural Vale Maranhão (MA) e Casa da Cultura de Canaã dos Carajás (PA). Onde tem Cultura, a Vale está. Visite o site do Instituto Cultural Vale: institutoculturalvale.org
SERVIÇO:
III Flitabira – Festival Literário Internacional de Itabira
De 31 de outubro a 5 de novembro
Local: Praça do Centenário (Rua Maj. Lage, 121 – Centro Histórico)
Informações: www.flitabira.com.br
Informações para a imprensa: info@flitabira.com.br