Tino Freitas, Paloma Jorge Amado, Alessandra Roscoe e Ricardo Ramos Filho encantaram o público com histórias, “causos” e homenagens ao aniversariante do dia, Carlos Drummond de Andrade
por Gabriel Pinheiro
A programação desta quinta-feira do Festival Literário Internacional de Itabira – 4.º Flitabira –, dia do aniversário de Carlos Drummond de Andrade, contou com atrações para o público infantojuvenil ao longo de toda a manhã. O curador Leo Cunha abriu a programação do teatro, recebendo o público e apresentando a primeira atração do dia: o poeta Tino Freitas.
Poesia, música e memória com Tino Freitas e Paloma Jorge Amado
Tino Freitas subiu no palco do Teatro da Fundação Cultural Carlos Drummond de Andrade com música. “Canto um conto é claro que canto, canto um conto, claro que canto. Canto 1, 2, 3, era uma vez. Claro, vai ser genial pra vocês”, saudou o escritor. Na sequência, celebrando o aniversário de Drummond, Tino trouxe um poema do itabirano: “Quis trazer esse presente para todos nós”, comentou. O poema escolhido foi “Cidadezinha qualquer”. Freitas, então, convidou jovens da plateia para fazer a leitura no palco: “Casas entre bananeiras/ mulheres entre laranjeiras/ pomar amor cantar.// Um homem vai devagar./ Um cachorro vai devagar./ Um burro vai devagar.// Devagar… as janelas olham.// Eta vida besta, meu Deus”. Tino falou sobre sua escrita com o público: “Escrevo também para crianças, pois acho que todos podemos ler as histórias” e, então, leu com os presentes um livro seu: “Gabi de bigode”.
Na sequência, o escritor chamou ao palco uma convidada especial: Paloma Jorge Amado. Os dois, então, deram início a um bate-papo, contando sempre com a participação do público, sobre literatura infantil, memória e muito mais. “Paloma tem uma das coisas mais bacanas, que é a vivência no tempo sem internet”, comentou Tino. “Não tinha nem celular… eles não acreditam quando eu falo”, complementou Paloma. Tino Freitas pediu para Paloma Jorge Amado ler algum poema de Drummond que a tenha marcado em sua infância: “Agora vou ser metida a besta… Eu já tive o meu nome publicado em um poema do Drummond”. A autora, então, leu os versos drummondianos escritos em 1965 e dedicados á sua família: “À Paloma e João Jorge, Zélia e Jorge Amado/ Esta família é todo um verso alexandrino/ Seja um natal feliz/ E um ano novo dourado de ventura e paz/ No melhor figurino”.
O poder da imaginação e o gostar de ler, com Alessandra Roscoe e Ricardo Ramos Filho
Quem também subiu no nosso palco para a programação infantojuvenil foi a autora Alessandra Roscoe. A escritora começou convidando o público para uma divertida dinâmica em homenagem a Carlos Drummond de Andrade. Junto dos presentes, ela entoou os versos: “A gente sempre se amando/ nem vê o tempo passar./ O amor vai-nos ensinando/ que é sempre tempo de amar”. Na sequência, Alessandra fez um pedido especial: “Queria pedir para que começássemos desdobrando nossas asas de voar com a imaginação”. A partir daí, a conversa voou pelos territórios da imaginação e da sua potência criativa, transformando as situações do cotidiano em narrativas. A autora contou, então, histórias de vários de seus livros, que ocupavam todo o palco.
Alessandra Roscoe também recebeu um convidado especial para uma conversa com o público: o escritor Ricardo Ramos Filho. “A literatura traz essa alegria pra gente, não é Ricardo? Traz um pouco pra gente do seu quintal, das suas histórias… do que você celebra e guarda da sua infância pra gente?”, iniciou a conversa a escritora. Ricardo, então, rememorou seu avô, o escritor Graciliano Ramos.”Cresci sendo neto de Graciliano, meu pai também era escritor, Ricardo Ramos. Então, cresci numa casa onde havia muitas estantes, muitos livros, escritores e histórias. Fui criado para gostar de ler.” Ricardo Ramos Filho também contou uma história de sua autoria: “O gato que cantava de galo”.
Sobre o Instituto Cultural Vale
O Instituto Cultural Vale acredita que a cultura transforma vidas. Por isso, patrocina e fomenta projetos em parcerias que promovem conexões entre pessoas, iniciativas e territórios. Seu compromisso é contribuir com uma cultura cada vez mais acessível e plural, ao mesmo tempo em que atua para o fortalecimento da economia criativa. Desde a sua criação, em 2020, o Instituto Cultural Vale já esteve ao lado de mais de 800 projetos em 24 estados e no Distrito Federal, contemplando as cinco regiões do País. Dentre eles, uma rede de espaços culturais próprios, patrocinados via Lei Federal de Incentivo à Cultura, com programação gratuita, identidade e vocação únicas: Memorial Minas Gerais Vale (MG), Museu Vale (ES), Centro Cultural Vale Maranhão (MA) e Casa da Cultura de Canaã dos Carajás (PA). Onde tem Cultura, a Vale está. Visite o site do Instituto Cultural Vale: institutoculturalvale.org
Sobre o Flitabira
A 4.ª edição do Festival Literário Internacional de Itabira – Flitabira – acontece entre os dias 30 de outubro e 3 de novembro de 2024, quarta-feira a domingo, na Fundação Cultural Carlos Drummond de Andrade (Av. Carlos Drummond de Andrade, 666, Centro), com entrada gratuita.
Com o tema “Literatura, Amor e Ancestralidade”, o 4.º Flitabira tem o patrocínio do Instituto Cultural Vale, via Lei Rouanet do Ministério da Cultura, com o apoio da Prefeitura de Itabira.
Serviço:
4.º Festival Literário Internacional de Itabira – Flitabira
De 30 de outubro a 3 de novembro, quarta-feira a domingo
Local: programação presencial na Fundação Cultural Carlos Drummond de Andrade (Av. Carlos Drummond de Andrade, 666, Centro) e programação digital no YouTube, Instagram e Facebook – @flitabira
Entrada gratuita
Informações para a imprensa:
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Jozane Faleiro – 31 99204-6367/ Letícia Finamore – 31 98252-2002