Chegando a sua terceira edição, o Festival Literário Internacional de Itabira, o Flitabira, traz um questionamento: como unir Carlos Drummond de Andrade e Fernando Pessoa? Considerados os maiores poetas da língua portuguesa depois de Camões, os autores escreveram obras, dentre elas prosa e poesia, que, de tão geniais, são apreciadas e estudadas tanto deste quanto do outro lado do Oceano Atlântico. Então, por que não aproximar os dois escritores, não apenas em seus legados literários, mas também em suas cidades natais?
Dessa forma, o Flitabira propõe a assinatura de um convênio que une Lisboa e Itabira como cidades irmãs, justamente por serem as cidades onde nasceram os maiores autores da língua portuguesa. A aceitação da proposta traz visibilidade para o trabalho de Carlos Drummond de Andrade e Fernando Pessoa, seja em suas cidades natais ou na ponte que une Brasil e Portugal. Muito além de uma relação histórica, o principal elo entre os dois países é a língua.
Um dos idealizadores da Casa da Cidadania da Língua, um espaço de debate, estudo e abertura de fronteiras, José-Manuel Diogo fala sobre a possibilidade de a assinatura do convênio se tornar realidade e, assim, criar uma nova relação entre os países de língua portuguesa. José-Manuel fundou o Instituto Cultural “Associação Portugal Brasil 200 anos” (APBRA), do qual é o presidente da direção. É ainda diretor da Câmara Luso Brasileira de Comércio e Indústria, na qual dirige o comitê de Trade Finance.
Drummond e Pessoa, entre “Tabacaria” e “Boitempo”, representaram uma forma de enxergar o mundo. Mais do que representaram: foram uma forma de enxergar o mundo que, depois de seus tempos, não foram mais eco nem tamanho nos tempos que se seguiram.
Fernando e Carlos, separados por quase 10 mil quilômetros, em seus talentos, nada os separou mais que dez milímetros. Juntos, farão entre Itabira, em Minas Gerais, e Lisboa, em Portugal, um acordo de proximidade, irmandade e partilha da concessão que tiveram do mundo e da concepção que dele anunciaram.
Essa ponte será um oráculo de mais um pilar dessa relação nobre que se constrói hoje entre Portugal e o Brasil.
Será com imenso prazer, gosto e entusiasmo que ajudarei essas duas cidades importantes que eu amo – Itabira que conhecerei, em breve, no Festival Literário Internacional da cidade – pelo viés e encanto que tem com a literatura, e Lisboa, essa cidade revisitada em poemas extraordinários de Pessoa, e que representa uma forma de pertencer à vida inigualável. Essa proposta tem tudo para dar certo – penso que os homens públicos das duas cidades estão alinhados em encontrarem uma solução justa, que irmane Itabira e Lisboa. Para isso trabalharemos!
SOBRE O FLITABIRA
Criado pelo jornalista Afonso Borges – que é também o idealizador do Festival Literário de Araxá (Fliaraxá) e do Sempre um Papo –, o Flitabira realizará sua terceira edição entre os dias 31 outubro e 5 de novembro de 2023, celebrando 121 anos de nascimento do poeta Carlos Drummond de Andrade. As atividades acontecem tanto de forma presencial, na Praça do Centenário, quanto on-line, pelo canal no YouTube do Festival.
O Flitabira tem patrocínio do Instituto Cultural Vale, via Lei de Incentivo à Cultura, a Lei Rouanet, do Ministério da Cultura, com o apoio da Prefeitura de Itabira e União Brasileira de Escritores – UBE.
SERVIÇO:
III Flitabira – Festival Literário Internacional de Itabira
De 31 de outubro a 5 de novembro
Local: Praça do Centenário (Rua Maj. Lage, 121 – Centro Histórico)
Informações: www.flitabira.com.br
Informações para a imprensa: info@flitabira.com.br