Carta às amizades feitas em Itabira,
Das poucas certezas que tenho na vida, uma me volta à mente a cada minuto que passo na estrada, indo para algum evento literário:
Eu sempre serei grato à literatura. À escrita e leitura em geral.
Se ao ler um livro, sou transportado para o universo de uma autora ou autor, quando escrevo ou desenho um livro, por sua vez, eu que sou levado a um universo diferente, um universo que une diversos, pessoas que começaram seu processo de escrita em seus quartos solitárias ou cercada de crianças, ou no metrô a caminho do trabalho, ou descansando a mente depois de horas com a cara enfiada em um TCC, ou…
E os lugares… Um mundo de lugar para ver, como saber escolher? Como parar em Itabira, terra de Drummond, sem uma bússola? Sem um amigo para te receber? Onde comer? Como saber, de antemão, que seriam dias inesquecíveis?
A Literatura me providenciou isso.
Como chegar,
Alguém para abraçar,
Dezenas de mentes para fazer pensar,
Comida de emocionar,
Povo lindo de prosear,
E na hora de me fazer falar,
O melhor lugar,
Para ver essa gente linda de Itabira.
Obrigado, Afonso Borges, Sérgio Abranches e equipe Flitabira.
O menino que atravessava bairros inteiros com uma mochila cheia de gibis para trocar com amigos, sonhando em escrever e desenhar algumas delas um dia, agradece.

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